Quando observam as crianças ... os adultos frequentemente pensam que elas são como borboletas, sempre irrequietas, esvoaçando de um lado para o outro (ou, como se diz no jardim de infância, movendo-se entre as "áreas"). Às vezes isso, pode estar a passar-se. Mas quando a aprendizagem está verdadeiramente a acontecer, outra comparação é mais apropriada, as crianças são mais parecidas com abelhas que voam de flor em flor, mas para extrair o nectar e formarem algo novo com significado. É esta coleção de experiências que elas precisam para porem a funcionar as ligações que se formam no seu cérebro, desde que nascem. É através destas experiências sensoriais ricas, como se fossem abelhas atarefadas no seu trabalho, que as crianças, através do brincar, dão sentido ao mundo que as rodeia.
Para isso acontecer da melhor forma, praticamos uma pedagogia intencional. Quatro componentes são essenciais: as estratégias metodológicas; o perfil e preparação da equipa educativa; o ambiente criado através de uma conceção adequada do espaço; e uma gestão organizativa de qualidade - a chamada cultura interna. Tudo isto, num quadro de uma relação aberta e permanente com a família.
Na Mundos de Vida®, a equipa educativa contextualiza a sua prática pedagógica numa perspetiva construtivista, em que a criança se desenvolve através das interações que realiza com o meio. A criança é potenciadora do seu conhecimento agindo no meio em que vive, desta forma, o ambiente onde a criança se desenvolve é um fator importante para o seu desenvolvimento. No trabalho que desenvolvemos na Mundos de Vida, há duas metodologias em que nos inspiramos: Projeto e High-Scope.
Através da metodologia High-Scope procuramos “reduzir o papel do adulto e a conceber à criança maior ação, maior iniciativa e maior decisão” (Formozinho, 1998:60). A Metodologia de Projeto encaminha-nos para seremos companheiros experimentados das crianças. De facto, na escola acredita-se que a criança é ser competente e capaz, investigador nato, motivado para a pesquisa e resolução de problemas” (Vasconcelos, 1998:133).
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